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Pesquisa sobre os Reis

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Mensagem  Erik Ter Set 13, 2011 10:29 pm

Boa noite, Pe Adriano

ACAZ, 12º rei de Judá, tendo iniciado o seu reinado em 735 A.C. governou por 16 anos. Aconteceu em Judá uma grande crise política e militar, provocada pela crescente ameaça do Império assírio e pelos muitos erros do governo de Judá. A Assíria passou a constituir a grande ameaça para os pequenos reinos da região. Israel (do norte), Damasco e outros da região tornaram-se tributários da Assíria. Golpes de Estado em Israel, alianças com a Assíria ou contra a Assíria estavam na ordem do dia. Então o rei golpista Facéia, de Israel, fez uma aliança com Damasco e ambos decidiram invadir Judá, derrubar Acaz e colocar um estrangeiro em seu lugar, para usar o reino do sul numa coalizão militar contra a Assíria. Esta é a chamada guerra siro-efraimita, desencadeada em 734 a.C. Acaz, acuado, resolveu pedir o auxílio da Assíria e Teglat-Falasar III acabou com Damasco e tomou 3/4 de Israel, reduzindo o país a quase nada. Este apoio custou a Judá sua independência. Entre outras coisas, Acaz viu-se obrigado a reconhecer os deuses assírios como seus libertadores e a prestar-lhes culto. Além disso, o rei de Judá foi obrigado a apresentar-se a Teglat-Falasar III para prestar-lhe obediência e teve que pagar forte tributo à Assíria, rapinando tesouros do palácio e do Templo e aumentando os impostos pagos pelo povo. Então, a injustiça, que já era moeda corrente na época anterior, como denunciava Isaías, correu solta. A religião oficial era mantida pelo Estado e encobria os problemas com grandes festas, como se tudo estivesse bem. A situação econômica, entretanto, tornou-se péssima e Acaz ficou desmoralizado frente ao povo de Judá. E nesta época ensinava-se que Iahweh escolhera Sião (= Jerusalém) como lugar privilegiado e fizera à dinastia davídica uma promessa de permanência eterna no poder. Se um rei davídico - como Acaz, neste caso - não fosse bem sucedido no governo, o problema poderia ser resolvido com o rei seguinte. Acaz estava indo muito mal, mas Ezequias era uma esperança de dias melhores.

EZEQUIAS o 13º Rei de Judá. É considerado um dos maiores reis de Judá por causa da sua confiança em Deus, teria começado a reinar com 25 anos de idade e governou por 29 anos, a partir de 715 A.C., correspondeu, pelo menos no começo, às expectativas de Isaías. Manteve-se fora das rebeliões antiassírias, insufladas pelo Egito, que explodiam a todo momento na região. E aproveitou a pouca vigilância assíria para fazer uma reforma em Judá. Foi uma reforma religiosa, social e econômica. A volta ao javismo exigia sem dúvida, também, o fim dos abusos econômicos. Fez, assim, uma reforma fiscal e administrativa, regulamentando a coleta dos impostos e defendendo os artesãos dos exploradores, com a criação de associações profissionais. Retirou do Templo os símbolos idolátricos e construiu um novo bairro em Jerusalém, para abrigar os refugiados de Israel com a destruição de Samaria em 722 A.C. Envolveu-se em uma rebelião antiassíria, tornando-se um dos líderes da revolta na Síria-Palestina e teve de enfrentar Senaquerib quase sozinho. Em 701 A.C.. Senaquerib destruiu 46 cidades fortificadas de Judá e sitiou Jerusalém. Porém, não se sabe por qual motivo, levantou o cerco e foi embora. O que não o impediu de cobrar pesados tributos de Ezequias.

MANASSES, 14° Rei de Judá, tinha 12 anos de idade quando se tornou rei de Judá, e seu reinado durou 55 anos, herdou de seu pai um reino devastado, reduzido territorialmente e gravado com um pesado tributo a ser mandado, anualmente, para Nínive. Recuperar o reino desse desastre, exigiu longos anos de esforço concentrado, conduzido pelo rei e seus assessores. A primeira providência consistiu em garantir que Judá pudesse trabalhar em paz. Para isso, cultivou a benevolência da Assíria, mostrando-se um vassalo fiel e prestativo. Um documento da época de Asaradão (Esarhaddon), sucessor de Senaquerib no trono assírio, menciona Manassés fornecendo abundante material de construção para um projeto real em Nínive. O rei seguinte, Assurbanipal, lista o judeu entre os soberanos que lhe enviaram presentes e o ajudaram a conquistar o Egito. O sucesso dessa política pode ser atestado no fato de Manassés ter conseguido reduzir o valor do tributo imposto ao seu reino. Intensificar a produção agrícola nas terras ao sul de Jerusalém, valendo-se do crescimento populacional dessa área, para onde se dirigiram os que escaparam da investida assíria. Com investimentos públicos e o esforço concentrado da população, essas terras, originalmente áridas, passaram a suprir cerca de 1/4 das necessidades de grãos do reino. Mas o principal êxito de Manassés, em seu projeto de reconstrução de Judá, consistiu em integrar seu reino à economia internacional da Assíria, sobretudo ao comércio de produtos exóticos que fluia da Arábia. Algumas das importantes rotas de caravanas atravessavam territórios ainda controlados pelo reino judaico, circunstância que Manassés soube explorar em seu favor.. È também possível que o casamento de Manassés com Mesalemet (de provável procedência árabe) tenha resultado dos interesses econômicos do rei judaico. Manassés é considerado o monarca mais pecaminoso do Reino de Judá (2Reis 21,3-7), por ter reintroduzido a idolatria, permitindo a reconstrução de altares destruídos por seu pai. Provavelmente, para obter a cooperação dos anciãos das aldeias e dos clãs, ao seu projeto de reconstrução econômica do reino, o monarca permitiu a retomada dos cultos populares a Baal, aos postes sagrados (Asherat) e aos astros do céu. Após sua prisão pelos assirios arrependeu-se . Retirou do Templo os símbolos idolátricos e construiu o altar do Senhor, Deus de Israel. O Reino de Judá jamais se recuperou plenamente do desastre causado pela expedição punitiva de Senaquerib. Mas quando Menassés morreu, o país havia restaurado parte de seu vigor econômico, apresentando uma situação bem mais confortável do que o cenário de desolação deixado por Ezequias.

Erik

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Pesquisa sobre os Reis Empty Muito Bom!!!

Mensagem  Admin Ter Set 20, 2011 3:51 pm

Nossa!!! Muito bom.

Sobre a vida dos Reis de Judá podemos destacar a sequência: 12º rei Acaz = rei injusto; 13º rei Ezequias = rei bom; 14º rei manassés = rei idolatra.
Relacionando a sequência dos reis e o caráter de cada um, podemos deduzir o conteúdo das três partes de Isaías. Você poderá encontrar a intenção do Profeta.
Aliás, coloco as passagens bíblicas que falam do período de cada rei:

  • REI ACAZ: 2Rs 16,1-20
    REI EZEQUIAS: 2Rs 18-20
    REI MANASSÉS: 2Rs 21,1-26

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